“Red Mist” (Névoa vermelha) é uma fita contendo um episódio
inédito de Bob Esponja, criada por um animador escocês, agora preso, que queria
apresentar a fita como o primeiro episódio da quarta temporada, apresentando a
morte de Lula Molusco. Até agora houveram dois relatos contando a história a
seguir, uma de um estagiário e a segunda do próprio editor do canal da
Paramount que viu o vídeo. O texto a seguir é a versão do estagiário da Nick,
Chaz Agnew, porém com o acréscimo de alguns trechos do segundo relato para
melhor descrição do episódio.
Eu era um residente nos estúdios da Nickelodeon em 2005, por
causa da minha graduação em animação. Eu não era pago, claro, a maioria dos
residentes não são, mas tive algumas vantagens além do aprendizado. Para os
adultos não é grande coisa, mas a maioria das crianças na época se matariam por
isso, já que trabalhava com editores e animadores, eu conseguia ver os novos
episódios dias antes de serem lançados.
Eles tinham recentemente feito o filme do Bob Esponja e com
isso a criatividade da equipe teria ficado um pouco esgotada, o que atrasou o
início da quarta temporada. Mas o verdadeiro motivo do atraso foi bem mais
perturbador. Houve um problema com o primeiro episódio da quarta temporada que
atrasou o desenvolvimento por vários meses.
Eu e dois outros estagiários estavamos na sala de edição,
juntamente com os animadores e editores de som para o corte final. Nós
recebemos uma cópia do que seria o episódio “Medo de Hambúrger de Siri” e nos
juntamos em frente à tela para assistir. Os animadores geralmente colocavam
títulos engraçados, numa espécie de piada interna entre nós, já que a animação
ainda não estava finalizada, nada particularmente engraçado. Então quando lemos
o título “O Suicídio do Lula Molusco” não pensamos em nada além de que seria
uma piada mórbida. Um dos residentes até riu do título. A música tema tocava
normalmente.
A história começou com o Lula Molusco se preparando para
praticar com a clarineta em sua casa enquanto Bob Esponja e Patrick brincam do
lado do fora. Lula Molusco coloca a boca na clarineta e só consegue tocar
algumas notas antes de ser interrompido por alguém batendo em sua porta. Ele
desce as escadas e abre a porta, encontrando um vendedor ambulante.
O vendedor, um peixe escocês gigante, pergunta se ele
poderia ter um momento com Lula Molusco. Mas este diz que não está interessado
e bate a porta na cara do vendedor, andando de volta para seu quarto. O
vendedor bate à porta mais uma vez, e Lula Molusco abre a porta irritado. O
vendedor, parecendo bem triste, diz à Lula Molusco que “a névoa vermelha está
vindo” e vai embora, deixando um Lula Molusco confuso para trás. Ele volta para
seu quarto e continua a praticar a clarineta.
Depois de tocar algumas notas bem erradas, Bob Esponja e
Patrick começam a rir do lado de fora, interrompendo Lula Molusco mais uma vez.
Ele olha pela janela e grita com os dois, dizendo que ele precisa praticar para
um concerto que teria. Bob Esponja e Patrick se desculpam com lágrimas nos
olhos e vão para suas casas. Lula Molusco, incerto de si mesmo, volta a
praticar com sua clarineta mais uma vez, agora sem ser interrompido.
A cena então vai se “apagando” em vermelho e permanece assim
por doze segundos. Talvez por causa de um erro, a mesma cena repete mais uma
vez, o que provavelmente deve ser comum em edições básicas de animação.
Entretanto, dessa vez, os olhos dos personagens foram substituídos por novos,
mais realísticos e com pupilas vermelhas. Não há mais áudio nessa cena, tirando
alguns “cliques” ocasionais.
Depois da repetição da cena anterior, uma nova começa, com
os mesmos olhos vermelhos nos personagens. Agora todos estão no teatro, onde
Lula Molusco está tocando sua clarineta. Os quadros da animação “pulam” a cada
quatro segundos, mas o som permanece sincronizado. Depois de uma apresentação
ruim da música que ele mesmo intitulou “Red Mist”, Bob Esponja e Patrick são
vistos na platéia vaiando Lula Molusco.
Neste ponto que as coisas começaram a ficar estranhas.
Durante o show, alguns quadros se repetem, mas o som não (neste ponto é o som
sincronizado com a animação então sim, não é comum), mas quando ele pára de
tocar, o som termina como se o show nunca tivesse acontecido. Há um rápido
murmúrio e o público começa a vaiá-lo. Não é vaiar o Lula Molusco que é incomum
no show, mas você poderia muito bem sentir o desespero dele. Daí mostra Lula
Molusco em full frame, que olha visivelmente com medo.
A cena muda para a multidão, com Bob Esponja no centro da
tela, que também está vaiando. No entanto, essa não é a coisa mais estranha. O
que é estranho é que todos tinham os olhos hiper realistas. Muito detalhado.
Claro que não eram olhos de pessoas reais, mas algo um pouco mais real que CG.
Alguns de nós nos olhamos durante a cena, obviamente confusos. A cena muda para
o Lula Molusco, sentado na beira de sua cama, olhando muito desamparado. O
ponto de vista de sua janela vigia é de um céu noturno por isso não é muito
tempo após o concerto. A parte preocupante é que neste ponto não há som.
Literalmente, sem som. Nem mesmo o feedback dos alto-falantes na sala. É como
se os altofalantes fossem desligados, embora o seu estado lhes mostrou
funcionando perfeitamente. Ele apenas ficou lá, piscando, neste silêncio por
cerca de 30 segundos, então ele começou a soluçar baixinho.
Ele colocou as mãos (os tentáculos) sobre os olhos e chorou
em silêncio por quase um minuto, ao mesmo tempo em que um som no fundo começa a
crescer muito lentamente a partir do nada para quase inaudível. Soou como uma
leve brisa por uma floresta. A tela começa muito lentamente a aumentar o zoom
em seu rosto. Seu choro fica mais alto, mais cheio de mágoa e raiva. A tela
começa com algumas distorções, como uma TV com sinal ruim e logo volta ao
normal. O som fica mais alto e lentamente, mais grave, como se uma tempestade
estivesse se formando em algum lugar.
A parte assustadora é o som e os soluços de Lula Molusco,
parecia real, como se o som não viesse dos alto-falantes ou se os alto-falantes
fossem apenas buracos e o som estivesse vindo do outro lado. Por baixo do som
do vento e soluçar, muito fraco, ouvia-se algo que parecia rir. Após cerca de
30 segundos neste clima, a tela ficou borrada e se contorceu violentamente e
algo brilhou sobre a tela, como se um único quadro fosse substituído. O
animador principal pausou e voltou quadro a quadro. O que vimos era horrível.
Era a foto de uma criança morta. Ele não tinha mais do que 6 anos. O rosto
estava desfigurado e ensanguentado, um olho arrancado e o estômago aberto com
as entranhas caíndo ao seu lado. Ele estava deitado em uma espécie de
pavimento, provavelmente uma estrada. A parte mais assustadora era a sombra do
fotógrafo. Não havia fita de isolamento, nem marcadores de evidência, e o
ângulo era totalmente diferente daqueles de uma foto policial. Parecia que o fotógrafo
era a pessoa responsável pela morte da criança.
Depois que essa foto aparece, a cena volta para Lula Molusco
soluçando, muito mais alto do que antes, e o que parece ser sangue escorre de
seus olhos ao invés de lágrimas. O riso, que lembra o riso do vendedor no
início do episódio, pode ser ouvido ainda. O som de vento na floresta também
pode ser ouvido em som alto, com o som de galhos sendo quebrados e de crianças
gritando. Depois de vinte segundos, outro quadro aparece, agora com uma menina
de mais ou menos oito anos morta, caída de barriga pra baixo em uma poça de
sangue, aparentemente na mesma floresta da foto do menino. Suas costas estão
abertas e suas entranhas empilhadas sobre ela. Novamente o corpo estava na rua,
e a sombra do fotógrafo era visível, muito similar no tamanho e forma vistos na
primeira foto. Eu me segurei para não vomitar, e outra residente, a única
mulher da sala, saiu correndo.
O episódio continuou, Lula Molusco ficou em silêncio, assim
como todo o som, como era quando começou essa cena. Ele colocou seus tentáculos
para baixo e seus olhos estavam agora feito em hiper realismo como os outros
estavam no começo deste episódio.
Eles estavam sangrando, vermelhos e pulsantes. Ele só olhou
para a tela, como se estivesse assistindo ao telespectador. Após cerca de 10
segundos, ele começou a chorar, desta vez não cobrindo seus olhos. O som era
penetrante e forte, aos poucos o som de seus soluços foi novamente misturado
com gritos de crianças. O som do vento voltou, assim como a risada ao fundo,
dessa vez a próxima foto que aparecera durou por cinco quadros.
O animador conseguiu parar a cena no quarto quadro. Dessa
vez a foto era de um garoto, da mesma idade da primeira criança, mas dessa vez
a cena era diferente: as entranhas estavam sendo puxadas para fora de um corte
no estômago por uma mão grande.
O animador continuou. Era difícil de acreditar, mas a foto
seguinte era a mesma, mas havia algo de diferente nela, algo que não
conseguíamos perceber exatamente. O animador voltou para o primeiro quadro e os
acelerou. Eu vomitei no chão e os editores de animação e som ficaram
mortificados com o que viram. Os cinco quadros, quando acelerados juntos,
pareciam quadros de um vídeo. Podíamos ver a mão lentamente erguer as tripas da
criança, vimos os olhos dela focarem-se em seu assassino, nós até vimos, em
dois frames, a criança piscar.
O diretor de edição de som nos mandou parar, ele tinha que
ligar para o criador da série e mandá-lo ver aquilo. Mr. Hillenburg chegou
depois de 15 minutos. Ele estava confuso com o porquê de ter sido chamado ali,
o editor continuou o episódio.
Após aqueles quadros terem passado, toda a gritaria e todo
som parara novamente. Lula Molusco estava apenas encarando o espectador, seu
rosto estava na tela toda. A cena afastou-se e aquela voz profunda disse
“FAÇA”. A câmera rapidamente se afasta para revelar que Lula Molusco está
segurando uma arma. Lula Molusco ergue o cano da arma para sua boca e atira.
Sangue espirra de sua cabeça e a tela corta para estática (o famoso “chiado”).
Os últimos cinco segundos do episódio mostrava seu corpo na
cama, um olho pendurava-se para fora do que restava de sua cabeça, encarando o
nada. Então o episódio acabou. Mr. Hillenburg obviamente ficou furioso com
aquilo. Ele imediatamente quis saber o que diabos estava acontecendo. Muitas
pessoas já haviam deixado a sala àquela altura, então apenas alguns de nós
assistimos ao episódio novamente. Ver o episódio mais uma vez apenas colaborou
para fixar mais ainda tudo na minha mente e me causar pesadelos terríveis. Me
arrependo de ter ficado.
Como resultado deste incidente, três animadores (Barry
O’Neill, Grant Kirkland Jr. e Alyssa Simpson) foram mandados para o hospital,
um editor se aposentou (Fernando de la Peña) e um residente (Jackie McMullen)
cometeu suicídio. A fita foi enviada para a polícia, que determinou que a
animação havia sido criada por Andrew Skinner, um animador escocês. Ele foi
acusado por nove assassinatos, incluindo o das duas crianças que aparecem na
fita.
Uma cópia da fita foi feita (antes da polícia confiscar a
original) por Chaz Agnew. Agnew fez várias tentativas de distribuir as cópias
da fita de Skinner e espera poder lançá-las em site de leilão online em breve.
FONTE: http://minilua.com/lado-negro-bob-esponja/
Este vídeo que você irá assistir agora é um trecho do filme original liberado por agnew.
Veja também o vídeo feito feito por pessoas a partir do
relato da existência desse história.
Mas se casos você tem preguiça de ler, você não é exceção, pois a maior parte dos brasileiros é que nem você e eu tenho um vídeo que narra essa história, é só dá o play!
espero que tenham gostado da historinha de hoje!


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